Mundo Escrito/ Bem Morto..Mal Morto

Oi BooLovers...

Aqui mais uma vez para postar em uma serie que a muito não renovo...
Hoje mais uma historia para vocês... Esta não é uma Fanfic, mas também é sobre vamps!
Então espero que gostem e aproveitem, porque ela deu um pouquinho de trabalho dessa vez..*









Bem morto... Mal morto...
 Era uma sexta chuvosa de frio imenso, Pietra se encaminhava ao seu destino.
O necrotério da universidade federal do Panapa, um lugarzinho mórbido e sem vida, mas que todos que desejavam exercer a área de perícia deveriam frequentar.
O lugar estava mais abarrotado que buffer escasso em festa de pobre. Todos com seus devidos jalecos que antes branquinhos agora uma confusão de cor amarronzada, e todos finalizando suas provas praticas, com seus cadáveres todos desossados.
O estômago de Pietra já não se revirava, mas a primeira vez que havia entrado ali, colocou tudo que tinha pra fora. Hoje já estava acostumada, era banal ver seus companheiros remexendo em resto que poderiam ser seus parentes.
Ela estava atrasada. E seu professor não gostou nem um pouco de vê-la ali, queria ir a sua casa mais cedo, ver sua esposa e seus filhos catarrento, e se esquecer daquele maldito trabalho de papa defunto.
  -A senhora está muito atrasada, não preferia fazer o teste amanhã?
Havia uma chama de esperança na pergunta, mas Pietra, pro seu mal, nunca foi de entender as indicações quando as vias.
  -Não. Para que adiar uma coisa que já irá acontecer?
A expressão do homem catedrático ficou sombria e sua resposta foi grossa.
  -Então você ficará sozinha, porque vou jantar.
O arrepio involuntário de Pietra se fez, ela estava acostumada ao lugar, mas não significava que ele melhorava a cada dia que ia.
 -Bem... – começou ela, mas foi interrompida pelo homem que havia se virado e começava a falar.
 -Seu defunto é um indigente demente. Você precisará anotar a causa mortis, será uma autópsia forense então você irá abri-lo, os outros tiveram ajuda nessa parte, mas como você chegou tarde deverá fazer sozinha.
Pietra engolia em seco, e tentava dizer para deixarem para outro dia como ele mesmo havia proposto, mas não teve oportunidade, pois ele nem havia terminado de falar e já havia saído da sala, a deixando sozinha com monte de restos de falecidos e um a sua espera para ser aberto.
Tremendo Pietra foi ao seu fadário, e ao se aproximar percebeu que o defunto estava vestido com roupas de super herói. O doutor papa finado não estava brincando, ele realmente era um doido e de marca maior. Isso de algum modo, insano, piorava a situação para ela.
Aproximou-se com cuidado e começou a observar as feições do morto, era bonito enquanto vivo seus olhos eram tão azuis que se parecia com cinza, pele branca e cabelos de um exótico tom vermelho e de um tamanho médio. Anotou tudo, pois poderia ajudá-la a entender a razão da morte. A roupa louca não ajudava e teria de ser retirada.
Com cuidado ela a removeu, deixando apenas a roupa intima. Ainda não havia se acostumado a ver um defunto nu. Ele realmente, mesmo alienado, era uma visão. Corpo esculpido em um estilo forte de falso magro.
 -Quem sabe se você não fosse tão pirado amigo, teria virado modelo.
Pietra corou involuntariamente se sentia uma boba falando com um morto. Mas deixou todos os sentimentos de lado e começou a anotar o que poderia a ajudar.
Após vários minutos e rabisco, decidiu que já estava na hora de acabar com o finado modelo, mas decidiu aliviar um pouco a agonia do morto e tirou-lhe uma bala que estava alojada bem próxima ao seu coração, a provável causa mortis.
Pegou então um bisturi, preferia ter pegado a Serra Stryker, mas as coisas não eram assim deveria começar fazendo um y na parte do tórax. Já se preparava para cortar a pele, quando de súbito uma mão agarrou seu pulso, o desespero na hora se apoderou de seu corpo.
O morto estava vivo e a olhava com cara de pouco amigos.
 -Você não vai desmaiar, não é mesmo?
Pietra ficou sem reação ela não sabia o que poderia dizer. Que não desmaiaria seria uma mentira, pois suas pernas se amoleceram. E por fim, foi o que ela fez.

 ***
Nathan realmente não sabia o que fazer, apenas olhava aquela pequena moça de seios fartos e cintura miúda. Ele apenas a segurava com certo temor de quebrá-la, era muito frágil como toda mulher humana. Ele sabia que estava em um lugar de autopsia e sabia que esteve bem perto de perder sua existência, nunca mais confiaria em sua ex.
Ela o chamou e disse que queria brincar, sem compromisso, mas enquanto ele se vestia ela sacou uma arma e por pouco não o acertou no coração, que o levaria ao fim de sua não vida, em termos para sempre.
A mulher ainda estava desacordada, ele então a balançou fortemente, e seus cabelos demasiados grandes para uma estatura tão pequena se balançaram.

 ***
Pietra acordou de um pesadelo, um onde ela via um morto a segurar pelo pulso.
  -Me deixe dormi mais um pouco. – disse ela ainda de olhos fechados.
 -Anda acorda, não tenho a noite inteira como você.
Os olhos dela se abriram e observou o rosto que havia na sua frente. A verdade veio em enxurrada. Não era um pesadelo.
 -Isso não é possível!
 -Eu estar vivo. Claro que é!
 -Ninguém leva um tiro tão perto do coração e vive, ou fica sem respirar como você estava.
 -O tiro foi perto não é mesmo, dessa vez aquela cobra me paga!
Pietra ainda estava confusa e começava a entrar em pânico. Nathan percebeu.
 -Por favor, não entre em pânico, eu vou sair à francesa e você se faz de desentendida.
Pietra imaginava que era muito fácil para ele falar aquilo, já que não era ele quem havia visto um morto se levantar. Ela se perguntava se aquilo era até normal a ele.
Nathan estava se encaminhando para a porta quando percebeu sua nudez e olhando ao chão percebeu o resto de sua fantasia de super homem, roupa que Ligia o havia dado. Decidiu ir sem roupa mesmo.
Pietra entendeu que o finado modelo estava saindo e entrando em sua frente tentou impedi-lo.
 -Você não pode sair! Você tem de voltar para aquela maca e ficar como estava antes.
Nathan achou graça daquilo, mesmo que não houvesse nenhuma. Tentou se desvencilhar da mulher, mas ela descuidada como parecia ser acabou se cortando com o bisturi que ainda se encontrava na sua mão.
Ele não havia se alimentado e estava bastante fraco pela cura da ferida. A tentação foi maior que o bom senso e ele abocanhou o dedo ferido, lambia com extasie.
Pietra se assustou com a ferocidade que o antes morto estava sugando seu corte. Seus olhos estavam brilhando. A olhando nos olhos, ele então se tirou do corte e a beijou profundamente.
 -O que você é?
Nathan apenas a olhou com cara de sacarmos.
 -Você sempre usa frases clichés assim?
Ela ficou em silencio por um instante ele aproveitou este momento para tentar escapar, mas Pietra começou a gritar. Tampando a boca dela Nathan perguntou:
 -O que você pensa que está fazendo.
 -Ainda não decidi...
Os dois ficaram assim por alguns minutos. Ela decidindo o que iria fazer e ele tentando escapar, mas por fim ela definiu que iria ajudá-lo.
 -Irei te ajudar.
 -Eu não pedi sua ajuda!
Ela simplesmente o olhou e ele seguiu seu olhar.
 -Ok... Umas roupas e quem sabe mais um pouco de sangue vão ser de boa ajuda.
 -Rouba sim, sangue não!
Nathan riu e concordou, mas sabia que iria precisar de sangue em algum momento.
Os dois se acompanharam pra fora da sala, ele imaginando como iria escapar dela e ela se perguntando o que estava fazendo.


 Espero que gostem! )

Comentários

Postagens mais visitadas